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Com Morana econômica, Grupo Ornatus mira o interior

Plano de expansão leva em conta o crescimento de polos alternativos, alta dos aluguéis de shoppings e aumento do poder aquisitivo da população de cidades menores

Com o potencial crescente de consumo em cidades fora do eixo central, o Grupo Ornatus criou uma modalidade de franquia com o conceito de “econômica”. A primeira unidade da Morana no formato já está em operação, em Ourinhos (SP), desde 9 de agosto. O segundo ponto será inaugurado em Itatiba no dia 12 de setembro. Também já estão previstas outras lojas do tipo em Concórdia (SC) e Patos da Paraíba (PB). Os diferenciais do negócio são a instalação em cidades de menor porte, gastos inferiores com estoque e mobiliários, rápido retorno do investimento e manutenção do padrão da marca.

                De acordo com Carlos Matsumoto, gerente de Operações Morana e Balonè, o desafio foi otimizar os gastos e não descaracterizar a marca. “Criamos estratégias na montagem da loja que fizeram com que a Morana econômica tivesse a mesma identidade da Morana tradicional, apesar do menor volume de peças”, explica o executivo. “Por exemplo, substituímos as gavetas e os ganchos longos, por outros recursos, como a exposição em barras, conhecida como ‘parede viva’.” Com essas opções, o investimento total previsto para a Morana econômica ficou em torno de R$180 mil, enquanto o da Morana tradicional é de R$700 mil em média, incluindo o ponto comercial.

Dessa forma, o Grupo Ornatus conseguiu viabilizar a abrangência de sua bandeira para um mercado inexplorado e bastante promissor. O interior paulista ultrapassou neste ano a Região Metropolitana de São Paulo e ganhou o posto de maior mercado consumidor do País. O resultado ilustra a tendência de desconcentração do crescimento econômico observada nos últimos cinco anos, com a perda de participação das capitais dos Estados no consumo total das famílias brasileiras. Dez anos atrás, 36,7% do consumo das famílias estava nas 27 capitais. Em 2007, essa participação caiu para 33,1% e, em 2012, recuou para 32,4%.

“Identificamos várias cidades pequenas e ricas, onde existe uma demanda reprimida, nas quais caberia tranquilamente uma Morana”, afirma Jae Ho Lee, CEO do Grupo Ornatus.  A diversificação de alternativas aumentou o alcance dos produtos da Morana. “Buscávamos uma oportunidade coerente com os padrões da cidade e do ponto de instalação”, conta André Togna, o franqueado de Itativa. “Foi essa flexibilização que viabilizou o investimento”.

Antônio Augusto de Araújo Neto, de Ourinhos, que já está com a loja em operação comemora: “Ninguém acreditou quando soube que os produtos da Morana estariam disponíveis na cidade. Ser o primeiro franqueado desse negócio é um orgulho, pois estou buscando o formato econômico há muitos anos e sempre apostei na Morana, nos seus produtos e também na minha cidade”.

 Togna concorda: “Esse modelo é mais um grande diferencial do Grupo Ornatus, que evidencia sua preocupação com o franqueado e visa a gerar negócios rentáveis tanto para o franqueado como para a franqueadora, o que é vital em qualquer relação de parceria. Estou muito otimista e tenho certeza que fiz, junto com minha esposa e agora sócia, uma ótima escolha”.

O plano de expansão do Grupo Ornatus para a Morana econômica considera todas as cidades com população média de 100 mil habitantes, ou menores que tenham um raio de influência considerável. Em um ano, a meta do Grupo é chegar a 20 lojas econômicas.

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